03 dezembro, 2009

Comentários do Ironman Cozumel









De volta em casa, descansando depois de 1 mês fora competindo no mundial 70.3 Clearwater e no Ironman Cozumel.

Como já tinha comentado antes o campeonato mundial Ironman 70.3 resultou numa prova atípica para mim, não tive um dia bom…aconteceram alguns inconvenientes que acabaram complicando o meu desempenho na prova, sendo o principal o estado gripal que peguei 2 dias antes do mundial, a isto soma-se o vácuo que rolou no ciclismo que tornou a prova similar as de ITU, com esse cenário o objetivo naquele momento fui só completar a prova e rever se volto o próximo ano, pois não concordo que o resultado final desse tipo de provas (Ironman e Ironman 70.3) resulte de uma boa performance na natação, vácuo na bike e corrida de ITU.

O Ironman Cozumel do dia 29/11, como era de esperar foi uma prova dura com ventos fortes, mesmo assim o lugar e realmente paradisíaco, a natação no mar do Caribe foi simplesmente espetacular, a água transparente como uma piscina, a largada foi tranqüila largando os profissionais 15’antes da categoria amador...nadamos uns 700 mts. contra a correnteza ate a primeira bóia, depois fizemos 2000 mts. corrente favor (1,5 km/hs) para finalmente nadar ate o final da etapa de natação uns 1100 mts. desta forma completamos os 3.8 km que resultaram rápidos e um colírio para os olhos por causa da transparência da água...no final não houve muita diferença de tempo pois alem dois nadadores, o resto praticamente saímos em um grupo compacto.

Na bike tivemos que superar um vento contra muito forte durante 20 km de cada volta de 60 km, ou seja que totalizaram uns 60km de vento contra...aqui experimentei uma situação engraçada, resulta que tinha deixado na bike uns tampões de ouvido para usar durante a etapa de ciclismo para diminuir a possibilidade de escutar o vento e assim conseguir me concentrar melhor, mas quando fui me colocar o tampão no ouvido esquerdo ele entrou totalmente dentro do ouvido sem possibilidades de conseguir remove-lo, fiquei com medo de perder o equilíbrio ou ter dor na cabeça ou talvez entrar água no ouvido e começar a incomodar, mas nada disso aconteceu e simplesmente fiquei com os tampões ate o final do Ironman totalmente isolado do exterior...então imprimi um ritmo forte, ate forte demais para Ironman, os primeiros do grupo o belga Rutger Beke e o italiano Sebastian Pedraza estavam pedalando num ritmo muito forte e conseguiram abrir depois dos primeiros 40 km, mas eu consegui conectá-los no km 60, estava tudo certo ate que comecei sentir fortes dores no músculo piriforme na área do glúteo o que me obrigou a diminuir a velocidade, porem consegui ter uma performance boa entregando a bike entre os primeiros colocados junto com o ucraniano Viktor Zyemtsev e o ingles Stephen Bayliis, já na maratona senti dificuldades depois dos primeiros 14 kms o que não me possibilitou ter uma boa performance...alem de ter sentido a falta dos treinos longos para este tipo de competições penso que os problemas no Ironman se tornam exponenciais e superar cada km de corrida resulta todo um desafio, quando acontece uma situação como essa, só resta honrar a frase “se vc não consegue correr, ande...se vc não consegue andar, rasteje-se mas não abandone o ideal ” então mesmo não me sentido bem na corrida, completei a prova.

Assim finaliza o 2009 para mim com um balanço positivo, pois mesmo não havendo conseguido ter boas performances nas provas principais (Ironman Brasil e Mundial 70.3 Clearwater) tenho conseguido conquistas muito importantes como 2 vitorias no Ironman 70.3 Pucon e Cancun, o titulo de Campeão Argentino de longa distancia , as vitorias na etapa de Troféu Brasil de triatlo, o HalfISS triátlon Mar Del Plata e o triátlon Internacional de Porto Bello no Panamá.
Não posso esquecer do 7 lugar no Ironman França, excelente resultado depois da dengue, o 4 lugar no Ironman 70.3 Penha e o 12 lugar no Ironman Cozumel.

Abraços do amigo
OG
Oscar Galindez