m 1995, um jovem Oscar Galindez, de apenas 24 anos, sagrava-se campeão mundial de duathlon em Cancún, no México. Depois de 18 anos e aos 26 anos dedicados a uma carreira vitoriosa, o argentino radicado no Brasil retornou à disputa e, aos 42 anos, conseguiu um top 10 no Campeonato Mundial de Duathlon, disputado na último fim de semana em Cali, na Colômbia. Você vai conferir aqui uma entrevista com o atleta, que fala da sua prova na Colômbia, da diferença do tipo de disputa em relação a 1995, quando o vácuo não era permitido, e da sua preparação para o Mundial de Ironman 70.3 de Las Vegas, que acontece em setembro.
Você foi campeão mundial de duathlon em 1995. Como foi ser top 10 depois de 18 anos?
OG: Quando fiquei sabendo que o mundial de duatlhon seria na Colômbia, me empolguei para competir, mais ainda pelo fato de a prova fazer parte dos Jogos Mundiais. Esperava fazer o melhor possível, pois uns dos objetivos foi usar a prova como parte da preparação para Las Vegas. Sabia que seria duro, ainda mais sendo uma prova em que prevalecem os corredores, já que o vácuo no ciclismo diminui as chances dos bons ciclistas. Fui top 10 e foi muito bom.
Você consegue apontar facilmente as diferenças para a prova daquele época para hoje? O que mudou?
OG: Quando conquistei o campeonato mundial em 95 foi a ultima prova de duathlon mundial sem vácuo, e isso foi a grande diferença. Com certeza, se o mundial em Cali tivesse sido como naquela época (sem vácuo), a chance de fazer pódio ou ganhar uma medalha teria sido bem maior.
E como como foi sua prova? Detalhe cada uma das etapas.
OG: Comecei os primeiros 10 km no ritmo previsto e consegui manter uma média muito boa. O circuito era muito travado, com vários retornos, fazendo diminuir bastante o ritmo. Porém nas retas atingia uma velocidade muito boa. No começo da bike estava com uma diferença melhor que a prevista, o que me motivou para tentar uma estratégia agressiva no ciclismo, que no final deu certo e que foi atacar desde o começo. Dessa forma fui conquistando posições ate formar um grupo de 6 atletas, onde quase ninguém ajudava a puxar. Então decidi continuar pedalando forte até o final da etapa de ciclismo. Fiz uma transição rápida e saí para enfrentar os 5 km finais junto a um russo que ficou o tempo inteiro atrás escondido no nosso pelotão de ciclismo. Achei que por causa disso ele iria correr melhor, mas fui aguentando o forte ritmo e nos últimos 600 metros aumentei o passo e consegui abrir alguns segundos para cruzar em 10º, o que me deixou muito feliz, pois fui o primeiro atleta das Américas. Na minha frente, eram 9 europeus.
Você começou o ano muito bem, vencendo o 70.3 do Panamá em fevereiro. Depois em abril venceu o GP Extreme e o Half Ironman de Concordia em abril. Grandes resultados logo no início da temporada dão confiança para o que vem a seguir?
OG: Este ano tem sido muito bom para mim, com resultados e performances ótimas. A cada prova que faço e vou bem me motivo para continuar em frente. Então agora estou bem motivado.
Você declarou que seu foco principal este ano será o Mundial de 70.3 de Ironman em Las Vegas, prova em que você já foi 2º colocado em 2007. Como estão sendo os treinos visando esta prova?
OG: O mundial de duathlon também serviu como preparação para Las Vegas. Era esse o objetivo na prova dos Jogos Mundiais. Com as performances desenvolvidas em distâncias curtas, estou tendo ótimas sensações para o mundial 70.3. Tenho focado em treinos e provas mais curtas com o objetivo de tirar da gaveta a intensidade, desta forma chegarei mais confiante a Las Vegas.
Você está na Colômbia ainda, em Bogotá, e depois vai seguir rumo a Miami para participar de uma outra prova. Que prova é esta e o que você espera?
OG: Estou curtindo a altura, pois Bogotá está a 2700 metros. Fazia um bom tempo que não experimentava essa sensação. Competirei no dia 11/08 na etapa do triathlon 25/75 de North Miami, mais uma prova de short triathlon. Volto ao Brasil depois da prova de Miami. Daí ficarei em Santos até viajar para Las Vegas, onde aproveitarei para fazer treinos específicos, com um pouco mais de volume.
http://3zone.com/oscar-galindez-top-10-no-mundial-de-duathlon/
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